Precisamos falar sobre a exclusão das mulheres trans entre as bailarinas do Faustão

Afalta de representatividade trans na mídia de massa é uma das coisas mais sórdidas e propositalmente excludentes na sociedade. O medo da inclusão dessa minoria vai de encontro com o ponto de vista fascista e retrógrado da maioria da sociedade brasileira.

Mas nada chega a ser mais ululante que a ultrapassada objetificação do feminino biológico retratada no programa Domingão do Faustão. Entre dezenas de bailarinas em pleno 2019, onde a população de gays e transexuais chega a pelo menos 19,7% da população brasileira, e cerca de 41% da população do sul e sudeste do país, não há sequer UMA dançarina que represente a população trans no elenco do programa.

Uma das soluções para esse problema, seria a proposição de uma lei obrigando os programas de auditório a contratarem pelo menos uma quantidade mínima de transexuais com base em um senso feito pelo IBGE no estado do programa em questão. Por exemplo, em um estado do nordeste onde a população de transexuais é de aproximadamente 0,002%, não se faz necessária a contratação, mas em estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde a porcentagem chega a pelo menos 34,3% da população total, a lei obrigará a contratação, sempre arredondando o número de admissões para cima.

A hipocrisia da rede globo é reflexo da grande “família tradicional brasileira”: Enquanto o “pai de família” ataca transexuais no conforto de seu lar, durante a calada da noite tem relações sexuais com diversas travestis. O mesmo aplica-se a rede globo: Lucra audiência e pink money em cima das pautas LGBT , mas recusa-se a aplicar qualquer representatividade na prática.

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