Yasajorni Yatuani, um garoto de aproximadamente 13 anos se tornou uma febre mundial depois de aparecer em um vídeo de comemoração do seu aniversário. Devido à sua simpatia e habilidade em dançar, o garoto iraquiano virou um xodó mundial, angariando milhares de seguidores em suas redes sociais.
O meme chegou ao Brasil e como em todo lugar do mundo, seu sucesso foi imediato. Mas isso duraria pouco tempo, grupos de extrema direita em muitos casos repletos de INCELS passaram a deturpar o meme, utilizando como método de spam e como justificativa para ataques islamofóbicos e principalmente gordofóbicos.
A figura do garoto foi espalhada em grupos como “Marido memista”, “grupo do zap kkkkkkkkk” e outro grupo chamado “indianos no tiktok”, este último sendo ainda mais grave, pois constantemente compartilha coisas do garoto como se ele fosse indiano pelo simples fato de morar no oriente médio.
Para piorar, uma tendência de “memes” com palavras árabes sem nenhum significado surgiu como estratégia para atacar a fé islâmica. Utilizando o idioma sagrado para os muçulmanos, bolsonaristas criam “memes” para ridicularizar uma religião milenar, como podemos ver nas imagens abaixo:
Apesar de todas essas ofensas, muitos desses grupos continuam impunes. Esse tipo de humor travestido de preconceito é quase criminoso, e um desrespeito ululante para com uma das comunidades mais antigas da história da civilização.
Por: Maria Laura - Esquerda sem demagogia